Azeite Sabiá inicia o ano com safra promissora em meio a desafios climáticos

A safra 2025 do Azeite Sabiá está surpreendendo seus proprietários com relação à quantidade e deve ultrapassar os 20 mil litros em 2025. A colheita começou com cenários desafiadores entre suas duas regiões de produção: em Santo Antônio do Pinhal, Serra da Mantiqueira, em São Paulo, e Encruzilhada do Sul, no Rio Grande do Sul. A Mantiqueira sofreu com a falta de frio em 2024 reduzindo significativamente sua produção. A cultura da oliveira precisa, no mínimo, de 300 horas de frio ao ano abaixo de 12ºC, o que não houve no inverno passado. No Sul, a presença de frio foi favorável ao cultivo, mas as chuvas em setembro impactaram a polinização.

“Na Mantiqueira extraímos 500 litros.”, afirma Bia Pereira, cofundadora da marca. “No Sul, começamos a colheita em fevereiro e acreditamos que teremos por volta de 20 mil litros até o mês de abril”. Cada litro de azeite exige cerca de 10 quilos de azeitonas, e uma árvore bem carregada pode produzir até 20 quilos.

A marca, reconhecida por sua produção premium, aposta na diversidade de variedades, incluindo Arbequina, Arbosana, Koroneiki, Coratina e Blend. A safra de 2025 também surpreende pela qualidade. “Os aromas e o sabor aveludado do azeite que estamos fazendo se superam a cada ano.” destaca a sócio Bob Costa.

Poesia italiana

 

Nicolangelo Marsicani, conhecido como poeta dos azeites na Itália, por três vezes reconhecido pelo guia Gambero Rosso como o melhor mestre de lagar. Consultor do Azeite Sabiá, está acompanhando a colheira e a produção no Rio Grande do Sul e destaca as diferenças entre a olivicultura brasileira e a europeia. “Na Itália temos muitas oliveiras antigas na maior parte das áreas, as plantas têm muitos anos e isso torna o cultivo mais trabalhoso e pouco lucrativo, muitos olivais estão localizados em zonas marginais onde as operações de cultivo são difíceis. Estes dois fatores, aliados ao fato de os cultivos novos serem pequenos, inferiores a dois hectares, contribuem para que a olivicultura italiana seja lenta nas mudanças e inovações necessárias. Ao contrário, a olivicultura brasileira, muito jovem e muito dinâmica no seu crescimento, enfrenta problemas ainda não perfeitamente estudados e por isso é um laboratório de investigação contínua onde agricultores, agrônomos e universidades, que são chamados a dar respostas eficazes.”

Sobre sua parceria com o Azeite Sabiá, Marsicani revela: “a minha colaboração com a Sabiá foi favorecida pelo fato de a empresa já estar perfeitamente estruturada, tanto do ponto de vista agrícola quanto em relação às tecnologias no lagar. Estou apenas contribuindo para aprimorar as competências na transformação da azeitona em azeite, com base em minhas décadas de experiência na área. Juntos, produzimos azeites com um excelente perfil sensorial, que encantam especialistas e consumidores”, finaliza o poeta dos azeites.

Sustentabilidade e governança

A sustentabilidade é um pilar da produção do Azeite Sabiá. A empresa adota práticas como aproveitamento de resíduos, uso de energia solar, tratamento de água e recuperação de áreas nativas, o que tem favorecido o retorno da fauna local. “Estamos conseguindo chegar a 80% de cultivo biológico, com impactos diretos na questão ambiental e seguridade do produto ao consumidor final”, afirma o engenheiro agrônomo Emanuel De Costa, sócio da marca.

No campo social, a empresa mantém um programa de governança que inclui registro formal de todos os trabalhadores, incluindo os “safristas” que trabalham durante a colheita, e parcerias com escolas técnicas e universidade para capacitação em olivicultura. “Temos interação com escolas técnicas e universidade e oferecemos formação e estágio para novos profissionais”, explica Bia.

Crescimento do mercado de azeites premium

O Brasil ainda importa cerca de 98% do azeite consumido, mas o segmento de produtos premium vem crescendo. O Azeite Sabiá se destaca como uma das marcas mais procuradas no mercado interno. “Temos observado uma fidelidade grande dos clientes que compram ao longo do ano e, se por um lado, isso nos alegra, por outros nos desafia a produzir cada vez mais. Nas últimas safras nossos azeites foram vendidos em 10 meses”, diz Bob Costa, cofundador do Azeite Sabiá, que explica ainda “a demanda pelo Azeite Sabiá tem superado a produção, e a previsão é de continuidade desse cenário nos próximos anos.

 “É uma satisfação enorme saber que o mesmo azeite que já recebeu 144 prêmios internacionais, em cinco anos, é exatamente o azeite que está em todas as garrafas do azeite Sabiá, completa Bob.

Entre as variedades cultivadas, a Arbequina e a Arbosana produzem azeites de sabor suave. O Blend de Terroir é intermediário na intensidade. A Koroneiki e a Coratina, por sua vez, oferecem perfis mais intensos. Cada variedade produz um azeite com características diferentes. E o brasileiro está descobrindo seus preferidos com os produtos frescos, feitos aqui mesmo.

Expansão e perspectivas

Embora já haja interesse de compradores internacionais, a marca segue focada no mercado brasileiro. “Nosso foco ainda é o Brasil, mas já recebemos consultas para exportação”, revela Bob.

Com a evolução da olivicultura no Brasil, a marca aposta na educação do consumidor para ampliar o mercado. “Estamos investindo no turismo agrícola na fazenda em Santo Antônio do Pinhal (Serra da Mantiqueira), onde compartilhamos informações sobre o cultivo, e degustações para mostrar as qualidades e defeitos de um azeite e as diferenças entre eles”, conclui Bia.

Sobre Azeite Sabiá

Em 2014, o casal por trás da marca, Bia Pereira e Bob Costa, se apaixonou pelo universo da olivicultura. Decididos a transformar em olivais os pastos onde criavam gado na fazenda em Santo Antônio do Pinhal, município paulistano no topo da Serra da Mantiqueira, foram atrás dos melhores profissionais para entender sobre manejo, cultivo das oliveiras, equipamentos e técnicas, tudo para alcançar a mais alta qualidade possível na produção de seu azeite. As duas primeiras safras, extraídas em 2018 e 2019, foram distribuídas apenas para a família. Mas dali em diante, o casal fundador do Sabiá não parou de se especializar e crescer. “Nossa missão é mostrar para os brasileiros que o melhor azeite não é o importado, mas sim o extravirgem premium, fresco, produzido no nosso país”, pontuam os fundadores do Azeite Sabiá.

Serviço:

Site: https://www.azeitesabia.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/azeitesabia/

Facebook: https://www.facebook.com/azeitesabia/

Loja virtual: https://lojaazeitesabia.com.br

 

Conheça a fazenda Sabiá e participe da degustação de azeites:

–       Estrada Municipal Pedro Joaquim Lopes, 3931, Bairro Lajeado – Santo Antônio do Pinhal – SP, CEP 12450-000

–       Sábados e domingos, das 9:30h às 16:30h com visitas guiadas em 4 horários: 10h, 11h, 14:30h e 16h

–       Visita guiada com degustação – R$ 69,00 acima de 12 anos.

–       A visita das 16h oferece uma harmonização com 3 pratos (2 salgados e um doce) e custa R$ 149,00

–       Menores de 10 anos e acima de 80,00 não pagam.

–       Para garantir a vaga, agendar via WhatsApp: (12) 3666-2282.

 

Créditos: Divulgação/Mario Rodrigues Jr

Ana Fontes embarca para participar da CSW e representará o Pacto Global, RME e W20

Pela quinta vez, Ana Fontes, empreendedora social e fundadora e CEO da Rede Mulher Empreendedora (RME), participará da 69ª CSW (Comissão sobre a Situação da Mulher), promovida pela ONU Mulheres Brasil em Nova Iorque (EUA). Representando a RME, o Pacto Global Brasil e o W20 Brasil, a empreendedora estará presente nos eventos entre os dias 10 e 14 de março.

No dia 12 de março, Ana Fontes terá um papel de destaque na abertura da Reunião de Boas-Vindas para a preparação da CSW. O encontro acontecerá das 9h às 10h30 (horário local de Nova Iorque), no UN Global Compact. A reunião tem como objetivo alinhar expectativas, apresentar diretrizes estratégicas e fortalecer o engajamento do grupo, abordando a relevância do evento, sua agenda principal e as oportunidades de contribuição ativa dos participantes.

“Este ano, as discussões sobre iniciativas de impacto social estão acaloradas, e no CSW não será diferente. Espero que possamos ampliar os debates para que esse tema não seja posto de lado. Avançamos em pautas significativas para as mulheres, mas ainda há muito o que progredir”, afirma Ana Fontes.

Após sua participação na CSW, a partir do dia 15 de março, Ana embarcará para um programa de liderança, inovação e impacto para empreendedores sociais na Harvard University. “Este programa é um reconhecimento que recebemos pelo Prêmio Empreendedor Social da Folha de S. Paulo e do Fórum Econômico Mundial de Davos. Estou com um misto de ansiedade e emoção”, finaliza a fundadora da RME.

Ana Fontes é presidente do W20 Brasil, grupo de engajamento independente focado na promoção da equidade de gênero e no empoderamento econômico das mulheres do G20, e vice-presidente do Conselho do Pacto Global da ONU Brasil.

Sobre Ana Fontes

Empreendedora social, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME), e do Instituto RME. Vice-Presidente do Conselho do Pacto Global da ONU Brasil, e Membro do Conselhão da Presidência da República – CDESS. Presidente do W20, grupo de engajamento do G20. Conselheira da Seguros Unimed e da UAM/Grupo Ânima. Reconhecida por prêmios como: Bloomberg 500 mais influentes da América Latina 2024, Melhores e Maiores 2024, Empreendedor Social 2023, Executivo de Valor 2023 e Forbes Brasil Mulheres Mais Poderosas 2019. Autora do livro “Negócios: um assunto de mulheres – A força transformadora do empreendedorismo feminino”.

Temporada 2025 de “Fé no Flow”, de Murilo Gun, chega à Brasília

Com uma abordagem que mescla comédia, autoconhecimento e música ao vivo, o humorista e palestrante Murilo Gun apresenta seu novo espetáculo, “Fé no Flow”, ao público de Brasília, neste final de semana. Serão duas apresentações; a primeira no sábado, às 21h e a outra sessão no domingo, também às 21h.

Sob a direção de Márcio Ballas, a montagem oferece uma experiência imersiva que vai além do stand-up tradicional e convida o público a explorar a relação entre ordem e caos e reflexão sobre a busca por uma vida mais alinhada e fluida, fazendo um convite para a criatividade e o autoconhecimento. “Fé no Flow é fruto de um experimento pessoal que desenvolvo, mesmo sem saber, há mais de 20 anos. Mas que, nos últimos anos, venho fazendo de forma intencional e buscando entender como podemos viver em harmonia com o fluxo da vida, abraçando tanto a ordem quanto o caos”, comenta Murilo Gun.

 

Sobre Murilo Gun

Foi um dos pioneiros da internet no Brasil, vencendo dois prêmios iBest (1997 e 1998). Em 1999, aos 16 anos, captou investimentos, fundou a start-up BIT e criou o “Peça Comida” (um “iFood” via pager e fax). Foi empresário de tecnologia do Porto Digital por 10 anos… Até que decidiu se reinventar! Foi um dos pioneiros da comédia stand-up no Brasil, com turnê nacional, lançou show no Netflix e apresentou programas no SBT, Multishow e Comedy Central… Até que decidiu se reinventar! Em 2014, morou durante três meses em um centro de pesquisas da NASA, no Vale do Silício, estudando futurismo na Singularity University. E na volta fundou a KEEP LEARNING SCHOOL – uma escola de cursos online de criatividade que teve 20 mil alunos pelo período de cinco anos… Até que decidiu se reinventar! Durante a pandemia, abriu todos os seus cursos gratuitamente chegando em 500 mil alunos, e entrou num período sabático de autoconhecimento e altoconhecimento. Nos últimos anos, vem se dedicando à palestras corporativas e retiros de liderança, conectando o mundo dos negócios com o universo sútil. Até que decidiu misturar toda a sua história de empresário, comediante, palestrante e aprendiz do sútil… e voltou ao teatro com a palestra espetáculo “FÉ NO FLOW”.

Pepita lança single em cima de meme para agitar o Carnaval

Pepita acaba de anunciar o lançamento do seu novo single, “Aquecimento da Pepita”, em parceria com o selo HERvolution. A música, criada em cima de seus bordões de verão que viraram meme, promete ser um dos hits do Carnaval 2025.

Conhecida por sua autenticidade e presença marcante nas redes sociais, Pepita faz questão de incluir em sua nova música elementos da cultura popular carioca e até a comerciante ambulante Laurinha do Camarão, de Niterói, é homenageada.

“É para o povo se jogar, se aquecer, e se divertir. Fui eu mesma que criei minha marca na internet, e agora vou transformar isso em música para todo mundo curtir. O ‘Aquecimento da Pepita’ é o funk que vai fazer todo mundo dançar até o chão no Carnaval e depois viralizar nas redes”, deseja a artista.

“Quando a Pepita veio para o estúdio com essa ideia, eu topei na hora. Convidei a Iza Sabino, conhecida na produção como MadreBeatz, para fazer o beat dessa música. E ficou incrível! Misturamos vários tipos de funk em uma música só. Acho que conseguimos retratar muito bem o que é esse meme, o verão do Rio de Janeiro e essa essência da Pepita carioca”, afirma Alana Leguth, cofundadora da KondZilla e idealizadora do HERvolution.

“Aquecimento da Pepita” – Pepita

Produção: Madre Beatz (Iza Sabino)

Cara, tá um calor tão grande no Rio

Que eu já coloquei a parte de cima do biquíni

Se eu coloquei a parte de cima do biquíni eu vou cair num bar

Se eu cair num bar, eu vou pedir um litrão

Do litrão, um frango a passarinho

Do frango a passarinho, meu amor

A linguiça acebolada

No cu do mundo

Ele quis putaria, putaria ele vai ter

Geladinho

Ai que calor

Ele quis putaria, putaria ele vai ter

Se eu coloquei a parte de cima do biquíni, tá um calorzinho de garota, né?

Se ele quis putaria, putaria ele vai ter

Traz o litrão, traz o litrão

Só um litrão

Bem geladinho bem gostoso, quero estalando na garganta

Eu gosto, tu sabe que eu gosto

Traz o litrão, traz o litrão

Bem geladinho, bem gostoso

Ele quis putaria, putaria ele vai ter

Camarão da Laurinha? Eu gosto, eu gosto, eu gosto

Olha a porra do milho! Eu gosto, eu gosto, eu gosto

Olha o açaí! Eu gosto

Geladinho

Olha o Matte! É Leão, é leão!

Pode ser leoa!

É leão, é Leão, não, não, pode ser leoa

É Rio

Não, não, pode ser leoa.

É leão, é Leão, não, não, pode ser leoa

Pode ser leoa

Ele quis putaria, putaria ele vai ter

Ele quis putaria, putaria ele vai ter

Frango a passarinho? Ai frango a passarinho eu adoro

Mas eu prefiro uma linguiça acebolada

Um ovo rosa? Pode jogar na mesa, eu gosto

É Rio!

Crédito: Divulgação/HERvolution

Camarote Vale do Dendê traz ecossistema de inovação e cultura para o carnaval de Salvador

A Vale do Dendê abre as portas no Carnaval de Salvador e traz toda sua expertise de Inovação para a folia do Centro Histórico. O Camarote da Inovação – primeiro dedicado ao ecossistema de startups da Bahia – aproxima novos negócios criativos e tecnologia de uma programação artística e cultural, criando um espaço de fortalecimento da cultura empreendedora no carnaval do Circuito Batatinha, no Pelourinho.

 

Aberto de sábado (01) até terça-feira de carnaval (04), das 16h à meia noite, o Camarote Vale do Dendê, exclusivo para convidados, está instalado em um ponto estratégico, com vista privilegiada para o Terreiro de Jesus – praça principal do Centro Histórico. Além de atrações musicais, o espaço contará com pool de experiências de marcas com diversas startups baianas, área de bem-estar, pintura corporal, maquiagem e trancistas, além de bar com rodadas livres de drinks. Entre as atrações artísticas confirmadas estão Samba da Vizinha, DJ Branco e o Grupo Cultural Chegou a Hora. Durante os dias de folia serão disponibilizados acessos gratuitos para o público geral. Os ingressos podem ser retirados via Sympla e a entrada está sujeita a lotação do espaço.

 

Com apoio institucional da Solvum Tecnologia, Associação Baiana de Startups – ABAS, Howard University e apoio das empresas Afro.TV, Correio Nagô e TV Kirimurê, o Camarote da Vale do Dendê além de ponto de celebração no Carnaval marca o início do calendário de atividades do Hub de Inovação, que abriga um coworking, promove acelerações para empreendedores locais e eventos que impulsionam os negócios criativos da Bahia.

 

Carnaval no Centro Histórico – Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, o Pelourinho assume parcela significativa dos mais de 8,2 milhões de turistas que chegam anualmente a Salvador, sendo parada obrigatória mesmo durante a folia. Atraindo milhares de visitantes de todos os continentes, o Centro Histórico hoje desfila entre os principais circuitos do carnaval, com atrações pensadas para toda a família.

 

É do Pelourinho que blocos afros de Salvador como Olodum, Muzenza, Afoxé Filhos de Gandhi, Didá Banda Feminina iniciam seus desfiles tornando-se um destino atrativo para diversão em família especialmente os saudosistas dos antigos carnavais com bandas de fanfarras, expressões artísticas e serpentinas.

 

Vale do Dendê – A Vale do Dendê é um hub de inovação e empreendedorismo que atua há quase 10 anos na oferta de Programas de Aceleração, treinamentos, mentorias e eventos, sendo o único hub Google for Startups do Norte-Nordeste do Brasil. Com um ecossistema de impacto criativo e inovador que soma mais de 300 empreendedores, a organização tece uma história de influência e vanguarda na conexão entre novos negócios e investidores, com cases de alcance global em áreas como tecnologia, moda, gastronomia e saúde, impactando mais de duas mil empresas diretamente.

73% das empreendedoras brasileiras têm filhos e 37% são mães solos, revela Pesquisa IRME 2024

A pesquisa Empreendedoras e Seus Negócios 2024, realizada pelo Instituto RME com apoio da Rede Mulher Empreendedora, apresenta o perfil das mulheres empreendedoras no Brasil. Com o tema “Economia do cuidado: impactos na configuração da imagem que as empreendedoras têm de si e como isso repercute nas oportunidades dos seus negócios”, a pesquisa, que está em sua 9ª edição, revela que 73% das empreendedoras são mães, dentre essas, 37% são mães solo.

“Desde 2016 nós fazemos essa pesquisa anualmente. Um ponto de destaque: 73% das empreendedoras são mães e mais de 68% afirmam que os filhos vieram antes dela ser empreendedora, o que mostra, claramente, muita resistência no nosso mercado de trabalho em aceitar uma mãe enquanto profissional. Nestes casos, o caminho que resta é o do empreendedorismo”, explica Ana Fontes, empreendedora social e fundadora da Rede Mulher Empreendedora e do Instituto RME.  

 

No que se refere à idade, 60% das empreendedoras têm entre 30 e 49 anos, e 52% possuem ensino superior. No entanto, enquanto 61% das mulheres brancas têm ensino superior, apenas 44% das pretas e pardas atingem esse nível de educação. A maior parte das empreendedoras reside nas regiões Sudeste (45%) e Nordeste (25%), com a menor concentração no Centro-Oeste (5%), Norte (8%), e Sul (16%).

 

O recorte por cor/raça mostra que metade das empreendedoras pretas e pardas (49%) fatura até R$ 2.000 mensais, em comparação com 36% das mulheres brancas. Além disso, empreendedoras pretas e pardas enfrentam mais dificuldades financeiras, com 52% delas relatando dívidas, enquanto entre as brancas o índice é de 45%.

Motivações

A pesquisa revela que a busca por independência financeira é a principal motivação para o empreendedorismo, especialmente entre mulheres pretas e pardas (48%), que também veem no empreendedorismo uma forma de aumentar a renda (39%). A flexibilidade de horário foi apontada como um dos fatores mais importantes para as mulheres brancas quando o assunto é iniciar seu próprio negócio (41%).

No tocante à divisão de tarefas, “50% das empreendedoras não recebem nenhum tipo de ajuda na sua casa ou em seu negócio, isso mostra o quanto a empreendedora tem que dar conta de tudo e não é à toa que muitas sentem uma sobrecarga mental grande”, finaliza a empreendedora social.

A Pesquisa IRME 2024 foi executada pela Ideafix Pesquisas Corporativas com metodologia quantitativa, com base em 2.141 respondentes. São 94% das participantes brasileiras, enquanto 5% são estrangeiras, em sua maioria venezuelanas não refugiadas. A coleta de dados ocorreu entre agosto e setembro de 2024, utilizando metodologia híbrida, com autopreenchimento online, entrevistas presenciais e telefônicas.

Sobre a Rede Mulher Empreendedora

Primeira e maior rede de apoio a empreendedoras do Brasil, a Rede Mulher Empreendedora – RME existe desde 2010 e já impactou mais de 8,8 milhões de pessoas. Criada pela empreendedora social Ana Fontes, a RME tem como missão apoiar as mulheres na busca por autonomia econômica e geração de renda, reforçando sua essência: o espaço é delas. Por meio de capacitações, conteúdo qualificado, conexões, mentorias, acesso ao mercado através de marketplace, programas de aceleração e acesso a capital, a RME transforma histórias e cria oportunidades.

 

A RME promove eventos anuais como a Mansão das Empreendedoras e o Festival RME; eventos mensais como Café com Empreendedoras e Mentorias; também conta com um programa de aceleração, o RME Acelera, cursos intensivos para quem quer empreender, trilhas de conhecimento online e o programa RME Conecta, que faz a ponte entre negócios de mulheres com grandes empresas para negociação e fornecimento B2B. Em 2017, Ana Fontes resolveu ampliar seus objetivos e criou o Instituto Rede Mulher Empreendedora, focado na capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade.

Foto: Ana Paula Silva/Anape