Festival Afrofuturismo – Ano VI celebra a inovação e ancestralidade africana no Pelourinho

O Festival Afrofuturismo – Ano VI acontece dias 29 e 30 de novembro, no Centro Histórico de Salvador. Com o tema Adinkras – o código fonte da liberdade, o maior evento de inovação, diversidade e futurismo da América Latina reverencia a filosofia e saberes dos símbolos africanos para demonstrar o desenvolvimento social, econômico e cultural codificado pelo povo Asante (Gana), povos do grupo linguístico Akan, que iniciaram o sistema de escrita para preservar seu conhecimento. O Festival Afrofuturismo – Ano VI é realizado pelo Hub de Inovação Vale do Dendê, com correalização do SEBRAE e patrocínios Prefeitura de Salvador via Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A (Embasa), da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), e apoio financeiro da Unilever.

 

Nesta edição Grazi Mendes, executiva eleita como uma das 100 futuristas afrodescendentes mais influentes do mundo pela organização MIPAD traz o tema Ancestrais do Futuro: construindo uma cosmovisão para o amanhã na palestra de abertura do evento. Na ocasião, será realizado o lançamento do livro Ancestrais do futuro: qual a mudança que o seu movimento alcança?, de sua autoria.

 

A programação segue com nomes como Rene Silva, comunicador, apresentador e fundador do Jornal Voz da Comunidade (RJ) ,Wanessa Fernandes – CEO e fundadora do Grupo Africanize, Caroline Amanda, psicanalista e fundadora da Yonidaspretas, o criador de conteúdo digital PH Cortês, a criadora de conteúdo Sára Zarâ, o ator e repórter do Encontro com Patrícia Poeta e É de Casa, Felipe Velozo, dentre outros participantes que irão compor os painéis,  talks e rodas de conversas nos dois dias de festival.

 

Convidados internacionais como Liz Gomis, Diretora da MansA – a Maison des Mondes Africains, Yuniya Khan – fundadora do The Emerge Project, Curtis T. Jewell, II – fundador e CEO da Jewell Strategy, LLC, o cabo-verdiano Marcos Jamir – fundador da plataforma AfricanDEV que conecta profissionais de TI africanos com empresas brasileiras também compõem a programação do Festival Afrofuturismo – Ano VI que acontece de forma simultânea em 15 equipamentos, entre eles, Casa Vale do Dendê, Faculdade de Medicina da Bahia, Museu Eugênio Teixeira, Teatro Sesc Pelourinho, Largo Quincas Berro D’água, Largo Tereza Batista, Casa Ashanti e Casa das Histórias de Salvador. Cada espaço será nomeado com um símbolo Adinkra, onde será possível se familiarizar com o provérbio descrito segundo a sabedoria Asante decodificada naquele registro.

 

A Vale do Dendê – Unidade Lapa irá abrigar a exposição Bacía-Metal, com curadoria de JOZÀ [Departamento de Gestualidades] , uma exposição imersiva com projeções multimídias mapeadas e criações multimídias, onde uma coletânea de informações irá propor pensar os Símbolos Adinkra, da cultura Akan, explorando sua relevância, ancestralidade e narrativas históricas, oferecendo uma imersão sinestésica por meio de arte, tecnologia e linguagem.

 

Escolhendo a Trilha do Festival – Para aproveitar cada momento do evento, os participantes podem “carimbar seu passaporte” e vivenciar o Festival escolhendo os painéis, talks, rodas de conversas, apresentações artísticas e culturais por meio de trilhas. Na Trilha de Literatura estão previstos lançamentos de livros, painéis sobre literatura afrofuturista, literatura marginal entre outras atividades.

 

A Trilha de Arte, é um convite para experienciar uma exposição imersiva sobre os símbolos Adinkras na Vale do Dendê – Unidade Lapa, dialogar sobre diversas manifestações artísticas e a tecnologia ou visitar museus, galerias e ateliers do Centro Histórico de Salvador.

 

As apresentações musicais estão na trilha Cênico-musical que conta também com o espetáculo teatral “Koanza no Futuro”, e muita conversa sobre o mercado de música, humor dentre outros temas. O destaque dessa trilha são os shows do Cortejo Afro e a banda AFROCIDADE.

 

E ainda há espaço para a Trilha Corpo em Movimento, sobre a temática dança como movimento e simbologias de liberdade, mostra artística seguida de bate-papo e a saúde e bem-estar do corpo afro-americano em um workshop internacional.

 

O Festival Afrofuturismo – Ano VI, em correalização essa edição com o SEBRAE, integra a programação do mês da Consciência Negra em Salvador e desde 2018 vem se consolidando como evento de referência para inovadores e criativos de todo o Brasil, colocando a capital baiana no radar das principais organizações que trabalham com inovação, criatividade e empreendedorismo. Este reconhecimento inclui Salvador nos grandes polos globais de eventos, ao lado de cidades como Austin (SXSW), Cannes (Festival de Cinema e Publicidade), Lisboa (Web Summit) e Nova Orleans (Essence Festival), consolidando sua presença no cenário internacional.

 

Serviço:

O quê: Festival Afrofuturismo – Ano VI

Onde: Centro Histórico de Salvador – Bahia

Quando: 29 e 30 de novembro de 2024

Passaporte: sympla.com.br

Site: www.afrofuturismo.com.br

“Torto Arado – O Musical” estreia em São Paulo

Aclamado pelo público do Nordeste após duas temporadas de estreia com sessões esgotadas em Salvador e um público de mais de 14 mil espectadores, “Torto Arado – O Musical”, adaptação livre do best-seller de Itamar Vieira Júnior, estreia em 20 de novembro, no Teatro Raul Cortez do Sesc 14 Bis, na cidade de São Paulo. O espetáculo é apresentado pelo Ministério da Cultura, Sesc São Paulo e Nubank, por meio da da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

“Torto Arado – O Musical” traz um texto épico e lírico que revela, para além de sua trama, uma história de vida e morte nas profundezas do sertão baiano, um poderoso elemento de insubordinação social, de combate e redenção. Questões delicadas e difíceis como trabalho análogo à escravidão, racismo, resistência, sobrevivência, disputa de terra, bem como o universo da fé, magia, poesia e religiosidade são abordadas tanto no livro, quanto no musical. Um projeto que promove um diálogo inédito entre as criações artísticas de Itamar Vieira Junior e Elisio Lopes Junior, ambos baianos que compartilham com o público do espetáculo novas visões do Brasil e de sua diversidade.

 

Com direção geral de Elísio Lopes Júnior, o espetáculo conta com 22 profissionais em cena, sendo seis músicos e 16 atores, todos com vasta experiência em suas áreas de atuação. Em duas horas e vinte minutos de duração, “Torto Arado – O Musical” mergulha na cultura popular brasileira contada por Itamar Vieira Júnior e conta a história de duas irmãs, Bibiana e Belonísia, marcadas por um acidente de infância, que vivem em condições de trabalho análogo à escravidão em uma fazenda no sertão da Chapada Diamantina, na Bahia. Na adaptação teatral, uma nova personagem também protagoniza a cena, em relação à história original, a avó Donana.

 

No elenco principal, três profissionais na área musical e teatral: a cantora e apresentadora Larissa Luz interpreta Bibiana, uma das heroínas da trama. Ao lado dela, a atriz, cantora, compositora e teatróloga Bárbara Sut vive sua irmã, a Belonisia. E, juntas, darão vida às netas de Donana, papel interpretado por Lilian Valeska.

 

A direção musical com composições inéditas é assinada por Jarbas Bittencourt. “Torto Arado – O Musical” é um espetáculo de música popular brasileira, onde todos os ritmos e dinâmicas são nordestinas e ligadas ao cancioneiro do sertão nordestino interiorano, com interpretações e sonoridades totalmente brasileiras”. A cada nota que soa nas canções autorais compostas para o espetáculo, Bibiana, Belonisia, Donana, Zeca Chapéu Grande, Salu ganham vida e movimento. Um processo criativo permeado pela intensidade dos protagonistas e pela autenticidade do compositor e também diretor Jarbas Bittencourt. “Fazer música para um personagem é aquele momento em que você abre um espaço em você, assim como faz o ator, e se deixa ser outro; deixa que outra voz lhe cante a música que está criando”, completa.

 

Elisio Lopes Junior – que também assina a Dramaturgia ao lado de Aldri Anunciação e Fábio Espírito Santo – comenta o que o público pode esperar do espetáculo a partir da temporada de sucesso em Salvador. “Foram dois meses em cartaz na capital baiana e a sensação de ter estreado Torto Arado em Salvador, na Bahia, perto do lugar onde essa história foi concebida e perto das pessoas que entendem esse universo, nos deu uma sensação de pertencimento. A entrada do público foi mais um elemento dentro dessa contação de história e a gente percebeu que Torto Arado tem humor, tem dor, tem poesia, e isso tudo extraído do livro a partir do convívio desses personagens em cena. Os personagens de Torto Arado nos ensinam e agora partimos para novos palcos, novas plateias, mantendo a nossa musicalidade, nosso sotaque e a nossa identidade, esperando que o olhar de quem é de fora também consiga captar a poesia dessa aridez, esse humor e essa dor que a narrativa de Itamar Vieira Júnior nos oferece e que conseguimos transpor para o palco com o desejo de mostrar um pouquinho mais para o Brasil quem é o Brasil”, destaca o diretor.

 

Responsável pela Direção de Movimento do espetáculo, o diretor e coreógrafo Zebrinha ressalta a importância do movimento durante o espetáculo, baseado no Jarê – religiosidade do povo que permeia toda a trama. “O que estou tentando fazer com a estética e o vocabulário do movimento no espetáculo é tornar contemporânea essa visão e apresentar o que há de mais bonito e mais plásticos dentro dos rituais do Jarê”, comenta o profissional.

 

A equipe do musical conta ainda com Cenografia de Renata Mota, figurino assinado pela designer Bettine Silveira, além da Coordenadoria Geral de Fernanda Bezerra, responsável também pela produção, coordenação geral e produção do espetáculo. “Torto Arado – O musical” é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução Governo Federal União e Sesc São Paulo, com patrocínio do Nubank, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

Com sessões às quintas, sextas, sábados e aos domingos, os ingressos para a temporada de apresentações podem ser adquiridos pelos canais de vendas online do Sesc São Paulo ou presencialmente nas bilheterias das unidades. Uma novidade na temporada de São Paulo é que a peça vai contar com recursos de acessibilidade em algumas sessões: nas sessões de 05 e 06 de dezembro, às 15h, será oferecida tradução em libras; já nas sessões de 07 de dezembro, às 20h, e 08 de dezembro, às 18h, serão oferecidas tradução em libras e audiodescrição.

 

Saiba mais em: https://www.sescsp.org.br/editorial/a-poesia-na-aridez/

 

Sobre o Sesc São Paulo

Com mais de 78 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 42 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações para promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, além de toda a sociedade. Mantido por empresas do setor, o Sesc é uma entidade privada que atende cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Saiba mais em sescsp.org.br

 

Sobre o Nubank

O Nu é a maior plataforma de banco digital do mundo fora da Ásia, atendendo a mais de 100 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia. A empresa tem liderado uma transformação na indústria, usando dados e tecnologia proprietária para desenvolver produtos e serviços inovadores. Guiado por sua missão de combater a complexidade e empoderar as pessoas, o Nu atende à jornada financeira completa dos clientes, promovendo acesso e avanço financeiro com crédito responsável e transparência. A empresa se apoia em um modelo de negócios eficiente e escalável que combina baixo custo de atendimento com retornos crescentes. O impacto do Nu tem sido reconhecido em diversos prêmios, incluindo as 100 Empresas mais Influentes da Time, as Empresas Mais Inovadoras da Fast Company e os Melhores Bancos do Mundo da Forbes.

 

Torto Arado – O Musical

● Onde: Sesc 14 Bis. R. Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista, São Paulo – SP

●Quando: Estreia em 20/11, às 18h. De 21 de novembro a 15 de dezembro (Quintas, Sextas e Sábados: às 20h. Domingos: às 18h). Nos dias 29/11, 05 e 06/12 haverá duas sessões: às 15h e 20h. Sessões com Libras: 05 e 06/12 às 15h, 07/12, às 20h e 08/12, às 18h. Sessões com Audiodescrição: 07/12, às 20h e 08/12, às 18h

● Ingressos: R$ 60,00 (inteira), R$ 30,00 (meia entrada) e R$ 18,00 (credencial plena)

● Classificação: 14 anos

●Vendas: Site centralrelacionamento.sescsp.org.br / Aplicativo Credencial Sesc / Presencialmente nas bilheterias das unidades do Sesc São Paulo

 

Acompanhe o Sesc 14 Bis na internet

Site: sescsp.org.br/14bis

Facebook: facebook.com/sesc14bis

Instagram: @sesc14bis

73% das empreendedoras brasileiras têm filhos e 37% são mães solos, revela Pesquisa IRME 2024

A pesquisa Empreendedoras e Seus Negócios 2024, realizada pelo Instituto RME com apoio da Rede Mulher Empreendedora, apresenta o perfil das mulheres empreendedoras no Brasil. Com o tema “Economia do cuidado: impactos na configuração da imagem que as empreendedoras têm de si e como isso repercute nas oportunidades dos seus negócios”, a pesquisa, que está em sua 9ª edição, revela que 73% das empreendedoras são mães, dentre essas, 37% são mães solo.

“Desde 2016 nós fazemos essa pesquisa anualmente. Um ponto de destaque: 73% das empreendedoras são mães e mais de 68% afirmam que os filhos vieram antes dela ser empreendedora, o que mostra, claramente, muita resistência no nosso mercado de trabalho em aceitar uma mãe enquanto profissional. Nestes casos, o caminho que resta é o do empreendedorismo”, explica Ana Fontes, empreendedora social e fundadora da Rede Mulher Empreendedora e do Instituto RME.  

No que se refere à idade, 60% das empreendedoras têm entre 30 e 49 anos, e 52% possuem ensino superior. No entanto, enquanto 61% das mulheres brancas têm ensino superior, apenas 44% das pretas e pardas atingem esse nível de educação. A maior parte das empreendedoras reside nas regiões Sudeste (45%) e Nordeste (25%), com a menor concentração no Centro-Oeste (5%), Norte (8%), e Sul (16%).

O recorte por cor/raça mostra que metade das empreendedoras pretas e pardas (49%) fatura até R$ 2.000 mensais, em comparação com 36% das mulheres brancas. Além disso, empreendedoras pretas e pardas enfrentam mais dificuldades financeiras, com 52% delas relatando dívidas, enquanto entre as brancas o índice é de 45%.

Motivações 

A pesquisa revela que a busca por independência financeira é a principal motivação para o empreendedorismo, especialmente entre mulheres pretas e pardas (48%), que também veem no empreendedorismo uma forma de aumentar a renda (39%). A flexibilidade de horário foi apontada como um dos fatores mais importantes para as mulheres brancas quando o assunto é iniciar seu próprio negócio (41%).

No tocante à divisão de tarefas, “50% das empreendedoras não recebem nenhum tipo de ajuda na sua casa ou em seu negócio, isso mostra o quanto a empreendedora tem que dar conta de tudo e não é à toa que muitas sentem uma sobrecarga mental grande”, finaliza a empreendedora social.

A Pesquisa IRME 2024 foi executada pela Ideafix Pesquisas Corporativas com metodologia quantitativa, com base em 2.141 respondentes. São 94% das participantes brasileiras, enquanto 5% são estrangeiras, em sua maioria venezuelanas não refugiadas. A coleta de dados ocorreu entre agosto e setembro de 2024, utilizando metodologia híbrida, com auto preenchimento online, entrevistas presenciais e telefônicas.

Sobre a RME

Primeira e maior rede de apoio a empreendedoras do Brasil, a RME (Rede Mulher Empreendedora) existe desde 2010 e já impactou mais de 10,5 milhões de pessoas. Criada pela empreendedora social Ana Fontes, visa apoiar mulheres na busca por autonomia econômica e geração de renda através do empreendedorismo, empregabilidade, programas de aceleração e acesso à capital.

A RME promove eventos anuais, como a Mansão das Empreendedoras e o Festival RME, e eventos recorrentes como o Plantão de Mentoria, o Café com Empreendedoras e a Rodada de Negócios. Entre seus programas homônimos estão o RME Acelera, com foco em aceleração de startups, e o RME Conecta, que, após processo de certificação, conecta negócios de mulheres com grandes empresas para negociação e fornecimento B2B.

Em 2017, Ana Fontes resolveu ampliar seus objetivos e criou o Instituto Rede Mulher Empreendedora, focado na capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade.

Oitava temporada do “Expresso Futuro” com Ronaldo Lemos vai a Honduras visitar a comunidade que quer viver para sempre

Em sua 8ª temporada, o programa “Expresso Futuro”, apresentado por Ronaldo Lemos, em parceria com o Canal Futura, estreia no dia 24 de novembro, domingo, no Fantástico, e 25 de novembro, segunda-feira, às 21h no Futura, com um objetivo ousado: investigar como a ciência e a tecnologia estão desafiando os limites da vida humana. O destino? Vitalia City, localizada na ilha de Roatán em Honduras, uma comunidade dedicada a uma questão que fascina e provoca ao mesmo tempo: como viver para sempre. A série também estará disponível no Globoplay.

Lemos viajou a Honduras para documentar o trabalho dessa comunidade por cientistas, empreendedores e pesquisadores que estão unidos em torno de um propósito pouco usual: ampliar a longevidade humana, potencialmente de forma ilimitada. “Vitalia City é um lugar onde as pessoas estão literalmente tentando viver para sempre”, diz Lemos, revelando o ponto central de sua investigação nesta temporada.

Em Vitalia, a questão da imortalidade não é apenas um conceito filosófico ou ficcional, mas um objetivo real. A comunidade se destaca por sua abordagem colaborativa e interdisciplinar, reunindo desde especialistas em biotecnologia até visionários do campo digital. Para Lemos, essa fusão de ideias é ao mesmo tempo fascinante e inquietante. “É impressionante ver tantos recursos e talentos sendo mobilizados para algo que, até pouco tempo, parecia loucura”, reflete o apresentador.

Próspera: O Experimento de uma nova Governança

Além de Vitalia City, a temporada de “Expresso Futuro” mergulha em outra iniciativa localizada em Honduras: Próspera, uma zona autônoma especial que funciona com suas próprias leis. Essa cidade experimental tem atraído atenção global e foi tema de uma recente reportagem do New York Times. Próspera representa o conceito de Network State, um modelo de governança em que comunidades criam suas próprias regras, muitas vezes operando de forma independente dos países onde estão localizadas.

Para Lemos, que é especialista em mídia, tecnologia e sociedade, Próspera é um experimento social que busca um tipo diferente de autonomia no século XXI. “É um lugar que concretiza a ideia de Estados em Rede, onde se testa uma nova forma de governança”, explica. A cidade se posiciona como um exemplo vivo de como inovações radicais podem surgir em territórios inesperados.

Comunidades de inovação no lugar mais improvável

O que torna essa temporada relevante, segundo Lemos, é a localização dessas inovações. “Fiquei impressionado com o fato de que algumas das coisas mais ousadas do planeta estão sendo criadas em lugares inesperados, como Honduras“. Honduras, que geralmente não está associada a avanços tecnológicos de ponta, acaba criando um papel de experimentação sobre longevidade e governança.

Ronaldo reflete ainda sobre o impacto desse tipo de desenvolvimento: “O mais assustador é ver ideias que pareciam ficção científica, como a imortalidade, sendo tratadas com seriedade. A fronteira entre o possível e o impossível está cada vez mais tênue”, afirma.

Movimento Global

A nova temporada de “Expresso Futuro” também acompanha o que Ronaldo Lemos define como um movimento global. Ele já havia documentado experimentos semelhantes, como a cidade de Zuzalu, na Suíça, em 2023, e agora amplia essa cobertura com Vitalia e Próspera. “Estamos acompanhando o surgimento dessas zonas experimentais, que buscam reinventar a forma como nos organizamos socialmente”, explica.

Inclusive, Próspera agora está enfrentando uma batalha judicial internacional para defender sua autonomia com relação a Honduras.

A temporada tem quatro episódios de 30 minutos, cada um mostrando as atividades experimentais em Honduras, que incluem biotecnologia para a longevidade até a criação de novas formas de governança em territórios autônomos. A nova fase de “Expresso Futuro” reflete sobre as ambições humanas e sobre como regiões em desenvolvimento por inventar novos modelos institucionais.

Grammy Latino: KondZilla desembarcou em Miami com único clipe do Brasil a ser indicado esse ano

Konrad Dantas, fundador da KondZilla, Alana Leguth, cofundadora e criadora do selo HERvolution, Kaique Alves, diretor criativo, e Eduardo Saraiva, produtor executivo, e a rapper brasileira Jovem MK desembarcam em Miami para a premiação do Grammy Latino 2024.

Jovem MK foi indicada na categoria Best Long Form Music Video pelo curta-metragem Meu Karma. O filme, único clipe do Brasil a ser indicado esse ano, é uma extensão visual de seu álbum homônimo, aborda temas sociais como a violência armada e a desigualdade enfrentadas por jovens das periferias brasileiras. Produzido por Konrad Dantas e dirigido por Paladinos e Kaique Alves, o projeto foi lançado em coprodução entre KondZilla, Africa Creative e Czar SP. A narrativa do curta reflete as difíceis escolhas entre o crime e a redenção nas favelas do Brasil.

Para Jovem MK, o projeto tem grande significado pessoal e sobre a indicação ao Grammy, ela afirma: “Ganhar o prêmio no Berlin Commercial e, agora, ser indicada ao Grammy Latino é muito mais do que um sonho realizado. É uma chance de levar essa discussão para um palco global e provocar uma reflexão necessária sobre a realidade dos jovens nas quebradas.”

Associação Fernanda Bianchini é reconhecida pelo Prêmio Governador do Estado de São Paulo 2024

A Associação Fernanda Bianchini foi reconhecida na cerimônia do Prêmio Governador do Estado de São Paulo 2024, realizada em 12 de novembro no Palácio dos Bandeirantes, com uma vitória na categoria Dança. O espetáculo vencedor, “Construindo Sonhos 2023”, envolveu 381 alunos e contou com a orientação de 17 professores de dança ao longo do ano.

O diretor artístico Cesar Albuquerque descreveu a criação do espetáculo como uma expressão de superação e esperança: “Esta obra foi criada com o intuito de trazer para os palcos um sonho, que é a construção da nossa sede própria, mostrando, de maneira lúdica, que se lutarmos com muito empenho e dedicação conseguiremos aquilo que almejamos, e venceremos os obstáculos.”

O Prêmio Governador, organizado pela Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, homenageia instituições culturais e profissionais que se destacaram no cenário cultural paulista. A associação concorreu em duas categorias, levando o prêmio na categoria Dança.