Bianca Andrade fala sobre empreendedorismo, maternidade e superação durante o Festival RME

Bianca Andrade, CEO da Boca Rosa Company, foi uma das principais atrações na primeira manhã do Festival RME, da Rede Mulher Empreendedora. Em bate-papo conduzido por Amanda Momente, a empresária e influenciadora digital falou sobre os desafios de empreender, sua relação com a maternidade e boas práticas nas redes sociais.

Ao comentar sobre o desafio recente em lançar sua marca independente de maquiagem, Bianca falou que é muito importante pedir desculpas, ser humilde e reconhecer quando errou para retomar o projeto e também sobre se livrar da culpa e do medo de julgamento. “A gente vai ser julgada, não tem como fugir disso e a culpa que vem junto só atrapalha. Para continuar tive que experimentar a culpa de outra forma, sem deixar que isso atrapalhasse meu caminho”, comentou.

Sobre ser uma influenciadora digital que virou empreendedora e como se relacionar com as redes sociais, ela disse “a rede social não é vida real, é uma ferramenta para alavancar o seu negócio” e avaliou que o “futuro do digital é feminino”, ponderando que as mulheres têm empatia e entendem a importância de trocar, de humanizar as relações pelas plataformas. Ainda sobre como se relacionar com e pelas redes, Bianca explicou o quanto é importante reclamar ou dar feedbacks, sejam positivos ou negativos, pelos canais oficiais de atendimento de qualquer marca. “Vai no SAC! Não fica filmando todo tipo de defeito e postando nas redes sociais, isso não é maneiro, não se dá feedback assim”, disse.

Quando questionada sobre quais dicas para inovar, Bianca comentou “desligue o celular um pouquinho”, como sugestão de organização e arrumar tempo para pensar, para descansar e para não viver ansiosa. Ela ainda ponderou que “a maior inovação é ser você mesma”.

Ao chegar no tópico maternidade, ela falou “eu demorei dois anos para me entender mãe. Eu estou aprendendo a ser mãe à medida que meu filho cresce e se desenvolve”, e se direcionou às demais mulheres na plateia para afirmar “o jeito que você tá criando seu filho é o jeito certo para o seu filho, acredite.” E comentou que “equilíbrio é muito distante ainda, eu tento viver em fases, priorizando sempre meu filho, minha saúde mental e meu negócio, e acabo abrindo mão de algumas outras coisas como mais tempo com amigos, ou relacionamento amoroso”.

Ao final, questionada sobre como não desistir do empreendedorismo, Bianca reforçou a importância da rede de apoio, de como conta com sua mãe, irmão, produtor, e afirmou ainda: “A gente nem quer desistir, a gente só quer se livrar da ansiedade, da dor, da culpa”, fechando sua participação.

Projeto “TransEmpreender” impulsiona autonomia e visibilidade de pessoas trans em São Paulo

O Instituto RME, organização da sociedade civil de apoio a projetos de Geração de Renda para Mulheres com foco em empreendedorismo feminino, desenvolveu o “TransEmpreender” – projeto focado na capacitação e inclusão de pessoas trans no mercado empreendedor. A iniciativa, em parceria com a organização Amálgamar, que apoia a profissionalização de pessoas Trans e Centros de Acolhida Especial para Mulheres Transexuais, oferece um programa que inclui capacitações presenciais, mentorias individuais e recursos financeiros para apoiar negócios liderados por pessoas trans e já beneficiou 35 pessoas diretamente em São Paulo, promovendo autonomia econômica e empoderamento social.

 

Criado para apoiar a comunidade trans da cidade de São Paulo, o programa impactou positivamente a vida de 68 pessoas inscritas, das quais 35 participaram de capacitações presenciais e mentorias, totalizando 90 horas. Até o momento, o “TransEmpreender” selecionou 27 pessoas para receber um capital semente de R$2.000,00, permitindo o desenvolvimento de novos negócios em setores como beleza, saúde, artesanato e educação.

 

Sobre a importância do projeto, a gerente executiva do Instituto RME, Débora Monteiro comenta: “Nós sabemos como é difícil a situação da mulher trans em sociedade, a grande maioria ainda luta por seguir viva. Entendemos que gerar sua própria renda é um dos fatores que as ajudam a sair da situação de rua e prostituição, então resolvemos focar esse projeto somente para elas, de modo que estivessem confortáveis e também, além de integrar a RME, criassem uma pequena rede de apoio entre si.”.

 

Capacitações e mentorias

O programa é dividido em três pilares principais: capacitações em empreendedorismo, mentorias individuais e repasse de recursos financeiros. Durante as capacitações, realizadas ao longo de 20 horas, as pessoas participantes receberam conteúdos voltados ao desenvolvimento de habilidades essenciais para a gestão de negócios. Nas mentorias individuais, especialistas ajudaram as pessoas beneficiárias a desenvolver e aprimorar suas ideias de negócio, criando um plano de crescimento sustentável.

 

Impacto social, inclusão e inovação

Com a iniciativa, o “TransEmpreender” busca promover a visibilidade e inclusão de pessoas trans no cenário do empreendedorismo, rompendo barreiras e estereótipos. O projeto impacta não só as pessoas trans beneficiadas, mas também suas comunidades, ao incentivar a geração de renda e a mobilidade social. A parceria com organizações como a Amálgamar fortalece essa rede de apoio, permitindo que o projeto alcance um impacto ainda maior.

 

A partir de uma abordagem inovadora, colocando a inclusão e o empoderamento econômico de pessoas trans no centro de sua missão, o TransEmpreender criou um modelo de apoio que pode e deve ser replicado e adaptado para abraçar outros grupos marginalizados. O sucesso da iniciativa reflete-se nos depoimentos do público participante, que destacam a importância do apoio recebido para o desenvolvimento de seus negócios e na retomada de suas jornadas empreendedoras.

 

Com a continuidade das ações, o projeto pretende expandir seu alcance e impacto, fortalecendo ainda mais a presença de pessoas trans no mercado empreendedor e contribuindo para uma sociedade mais justa e inclusiva.

 

Perfil dos participantes

A maioria das pessoas beneficiadas se identifica como mulheres trans e travestis, sendo a maior parte delas pessoas pardas e pretas, com idade entre 25 e 33 anos. Muitas delas vieram de outros estados do Brasil e possuem ensino médio completo ou incompleto. Estão, em sua maior parte, em situações de desemprego ou trabalhando como autônomas, com apenas uma pequena parcela com empregos formais.

 

Sobre o Instituto RME

Fundado em 2017, o Instituto Rede Mulher Empreendedora, apoia e auxilia projetos e iniciativas que empoderam mulheres em situação de vulnerabilidade social, incentivando a independência financeira e o poder de decisão pessoal. Acreditamos que quando uma mulher é empoderada financeiramente, ela não muda só a realidade de sua família, mas também a da sociedade, pois quando elas possuem negócios que dão certo, investem em suas comunidades, especialmente, para ocorrer um contínuo desenvolvimento, pois acreditam no poder colaborativo para melhorar o mundo.

Estreou a segunda temporada do videocast Substantivo Feminino

Ontem, dia 03 de setembro, estreou a segunda temporada do videocast “Substantivo Feminino”, uma iniciativa do YouTube Brasil em parceria com a Rede Mulher Empreendedora (RME), Gênero e Número, Internet Lab e Casé Fala, e produção da Dia Estúdio. Os bate-papos seguem mediados por Ana Fontes (empreendedora social e fundadora da RME), e desta vez, o tema central é “Mulheres na Política”.

Em cada episódio, são apresentadas conversas relevantes entre especialistas, criadoras de conteúdo e representantes do cenário político brasileiro sobre mulheres negras no poder, mulheres jovens na política, desinformação e sobre a Lei de Combate à Violência Política de Gênero.

“É fundamental ter um videocast sobre, com temas tão sensíveis com profundidade e essenciais para que tenhamos uma sociedade mais inclusiva e mais justa para as mulheres e todas as pessoas. Esta temporada é ainda mais especial em um ano de eleições municipais, importantíssimo para a representatividade feminina, com abordagens multidisciplinares sobre os mais diversos aspectos da política para elas”, afirma Ana Fontes.

 

“Mulheres Negras no Poder” é o tema do primeiro episódio da temporada, dividido em duas partes: na primeira, o papo acontece com a criadora de conteúdo Bielo Pereira e a CEO do ID_BR, escritora e conselheira Luana Génot; na segunda parte a entrevista é com a deputada federal Taliria Petrone.

 

Bielo Pereira traz que sempre se fala sobre o corpo político. “O corpo, a nossa existência, é muito política. E eu ser uma pessoa trans, já me torna um corpo político o tempo todo. Sendo um corpo gordo, um corpo preto e um corpo trans, são vários recortes e que só às vezes de eu estar em um lugar, sem precisar abrir a minha boca, já vai ser suficiente para fazer política. Mas a gente sabe que pode fazer mais”, afirma a criadora de conteúdo.

 

Já Luana Génot trouxe para o papo a reflexão da intencionalidade e de como mudar a realidade. “A gente precisa engajar a sociedade e botar a pauta antirracista e da inclusão como um todo na mesa e com investimento ao longo dos anos, precisa ser um projeto de país… porque as decisões políticas elas passam pela falta da nossa representatividade ali para a tomada de decisões”.

 

E a deputada federal, Taliria Petrone, complementa, na segunda parte do episódio, a importância de estar nesses espaços. “Porque são demandas da maioria do povo que muitas vezes ficam secundarizadas quando você não tem essa representação na política, de creche integral a própria discussão do cuidado que nos sobrecarrega tanto e que agora temos um avanço na implicação de políticas públicas do cuidado”.

 

Os demais episódios da segunda temporada irão ao ar no canal do Substantivo Feminino, às quintas-feiras, 18h. E os próximos contam com as participações das convidadas: Nath Braga (criadora e jornalista), Jady Verissimo (ativista pela educação), Leticia Bahia (Girls Up Brasil), Aline Osorio (Secretária-Geral do Supremo Tribunal Federal), Basilia Rodrigues (jornalista e analista política), Mary del priore (historiadora e escritora), Raquel Branquinho (Procuradora Regional da República na 1ª Região e coordenadora o Grupo de Trabalho de Prevenção e Combate da Violência Política de Gênero da Vice-Procuradoria Geral Eleitoral), Carla Akotirene (doutora em Estudos Feministas, pesquisadora de gênero e raça e escritora), Ilana Trombka (Diretora-geral do Senado Federal), Benedita da Silva (Deputada Federal) e Sônia Guajajara (Ministra dos Povos Indígenas do Brasil).

 

“A responsabilidade está no centro do que fazemos e temos o compromisso de construir uma plataforma mais segura para as mulheres. O lançamento da segunda temporada do Substantivo Feminino reforça a responsabilidade do YouTube no incentivo e contribuição com a criação e divulgação de conteúdo de qualidade, apoiando a conscientização e o combate ao discurso de ódio e violência de gênero na plataforma, tão importantes em um ano eleitoral”, diz Alana Rizzo, Head de Políticas Públicas do YouTube.

 

Mais iniciativas do YouTube para o combate à violência contra as mulheres

Em julho deste ano, foi lançada a edição 2024 da “Cartilha para o enfrentamento da violência política de gênero e raça”, guia desenvolvido pelo InternetLab e pelo Redes Cordiais com apoio do YouTube. O material tem como foco as eleições municipais de outubro e aborda violência política de gênero e raça como fenômeno social que precisa ser encarado mais amplamente, o que inclui a identificação e apoio das principais vítimas, disseminação dos canais de denúncia e fortalecimento dos marcos normativos.

 

Com o início do período de propaganda eleitoral, uma série de dúvidas, questionamentos e discussões passam a surgir a respeito da comunicação política digital e é fundamental que os criadores estejam cientes de seu papel e responsabilidades, comprometendo-se a criar um ambiente em que o debate político seja livre, democrático, transparente e plural.

 

Assim, também em parceria com Internet Lab e Redes Cordiais, lançamos o “Guia para Influenciadores digitais nas eleições”. O material apresenta princípios que os influenciadores digitais devem seguir, além de uma caixa de ferramentas com possíveis perguntas e respostas que podem surgir durante o período eleitoral, e informações atualizadas sobre temas como desinformação, censura, violência política e proteção de dados.

Nath Finanças, Fayda Belo, Dilma Campos, Deh Bastos são atrações confirmadas do Festival RME

A Rede Mulher Empreendedora anuncia a 13ª edição do Festival RME, o maior evento nacional dedicado ao empreendedorismo feminino. Sob o comando de Ana Fontes, empreendedora social e fundadora da RME e do Instituto RME, o festival visa promover a inovação e o fortalecimento das mulheres nos negócios, com o tema “O Espaço é Delas!”.

 

Entre as atrações confirmadas estão Nathália Rodrigues, conhecida como Nath Finanças. Nath é CEO e criadora da Nath Finanças e da Edtech Nath Play, além de ser empresária, escritora e administradora. Deh Bastos, diretora executiva da Map Brasil;

Dina Prates, educadora e consultora financeira; Adriana Arcebispo, cofundadora da Família Quilombo; Fayda Belo, advogada criminalista especialista em Crimes de Gênero; Cris Guterres, jornalista e apresentadora; Janaina Gama, Delegada W20; Eliane Leite, CEO e fundadora Uzoma Diversidade; e Dilma Campos, CEO e Partner da Nossa Praia.

O festival se propõe a discutir os desafios e conquistas das mulheres empreendedoras no Brasil, sendo aberto a todos que buscam entender e apoiar o papel das mulheres no mercado corporativo e em suas vidas pessoais. Com quatro palcos que oferecerão atividades simultâneas, o evento espera receber sete mil pessoas nos dias 13 e 14 de setembro, no Pavilhão 8 do São Paulo Expo.

 

Serviço

Festival RME 2024

Data: 13 e 14 de setembro;

Local: Pavilhão 8 da São Paulo Expo;

Acesso: Estação Jabaquara do metrô, linha azul;

Ingressos: R$199 reais – Sympla

Site: https://festivalrme.net.br/

Bela Gil discute o futuro da alimentação em podcast da ONU

Bela Gil marca presença no podcast ONU News. Ativista, apresentadora, escritora e à frente do vegetariano Camélia Òdòdó, ela é a primeira convidada da 3ª temporada da atração para discutir alimentação saudável e seu futuro, além da valorização do trabalho doméstico invisível, temas centrais de seu último livro “Quem vai fazer essa comida?” (2023). Vai ao ar na próxima quarta-feira, 10/07, com apresentação de Felipe de Carvalho e Mayra Lopes e pode ser acompanhado pelo link: https://www.youtube.com/onunews .

“Se sabemos que a comida de panela pode prevenir muitas doenças, como podemos fornecer isso para todos? Quem vai fazer essa comida? Não pode cair novamente no colo das mulheres, especialmente as mais pobres, pretas e pardas”, enfatiza a chef durante a conversa.

Sobre o Podcast ONU NEWS:

Sediado em Nova Iorque, é o principal programa de entrevistas da ONU News, a agência oficial de notícias das Nações Unidas em português. Os convidados são tomadores de decisão e personalidades de alto nível que contribuem, direta ou indiretamente, para o avanço de causas globais defendidas pela ONU, como igualdade, paz, defesa do meio ambiente e proteção dos direitos humanos. António Guterres, Felipe Neto, Luciano Huck, Anielle Franco, Luiza Trajano, Natália Pasternak, Eduardo Kobra, são alguns dos nomes que já passaram pelos estúdios do podcast para trocar experiências e discutir sobre um mundo mais justo e equitativo.

HERvolution premia Pitch do WME 2024

O Pitch Women’s Music Event deste ano será premiado pelo HERvolution, idealizado por Alana Leguth, sócia-fundadora da KondZilla. Durante o evento, artistas terão a oportunidade de apresentar seus projetos para uma bancada composta por mais de 40 profissionais da música. O HERvolution, enquanto HER e KondZilla, fornecerá toda a sua estrutura e oferecerá diárias de estúdio, produção musical, mixagem e masterização, além de um enxoval de arte e distribuição para as três finalistas selecionadas.

O Women’s Music Event 2024, o maior evento dedicado às mulheres da música brasileira, chega à sua 8ª edição entre os dias 20 e 23 de junho, em São Paulo. Para Alana Leguth, o WME representa uma potente plataforma e espaço para o protagonismo das mulheres na indústria musical, e, portanto, tanto o HERvolution quanto a KondZilla não poderiam ficar de fora. “Mais do que apenas apoiar o movimento das mulheres na música com palavras de afirmação é necessário fazer algo, e, assim fazemos, usamos a nossa estrutura para dar oportunidades e visibilidade”, afirma a empresária.

 

Para participar do Pitch WME 2024 as inscrições são online e serão aceitas até o dia 19 de maio. Dessas inscritas, 20 selecionadas se apresentarão a banca.