Afrofuturismo: evento trouxe líderes do Global Black Youth Festival, do Cabo Verde Digital e da Nguzu, além da apresentação de negócios de startups dos ecossistemas de Angola, Cabo Verde e Moçambique.

 

Utilizar a tecnologia para integrar as comunidades africanas e afro-brasileiras para fomentar um criativo ecossistema de inovação. Esse foi o grande debate que permeou o segundo dia do Festival Afrofuturismo, que reuniu lideranças, criadores e artistas para falar sobre como o tema pode transformar o cenário global. Durante o painel “Como usar as tecnologias para integrar a comunidade africana e afro-brasileiro”, Allana Cardoso, Cientista de Dados na Qintess, comentou que as “Comunidades globais de tecnologia vem reunindo profissionais com diferentes afinidades, como programadores ou cientistas de dados. Nesses grupos interdisciplinares é preciso maximizar o potencial da juventude negra”. Ela também é criadora da Kilombo Tech, um hub de inovação e transformação social, que aposta na educação tecnológica de mulheres negras para inseri-las no mercado de tecnologia. 

Niousha Roshani, do Global Black Youth Festival, disse estar à frente de um projeto que tem como objetivo conectar e fomentar um comunidade global de juventude negra que, além das Américas, trabalha para incluir jovens da África, Europa e Ásia e por isso estão criando uma plataforma com esse objetivo. “A ideia é plugar jovens negros na intersecção da tecnologia, inovação e do empreendedorismo, para que eles sejam capazes de criar soluções que possam ser escaladas ao redor do mundo”, afirmou durante o terceiro painel do encontro

“Precisamos empoderar a juventude para enxergar na era digital os instrumentos para conseguirem sua independência financeira”, complementou Milton Cabral, do Cabo Verde Digital, programa do governo cabo-verdiano que tem como meta utilizar a tecnologia como um combustível para estimular o processo de desenvolvimento de jovens do país e de outras partes do mundo, já que a iniciativa também lançou um visto de trabalho remoto para que nômades digitais possam criar a partir de Cabo Verde. 

Por fim, Tiago Cardoso, CEO da Nguzu, instituição que possui um fundo de investimento voltado a startups de educação, disse acreditar que é preciso educar o mundo para valorizar a África e que o continente deve dar um salto grande na área de tecnologia nos próximos anos. O Festival Afrofuturismo ainda promoveu a apresentação de negócios de startups dos ecossistemas de Angola, Cabo Verde e Moçambique

Afrofuturismo 

Durante o festival, lideranças concordaram que o afrofuturismo só é possível por meio do reconhecimento da ancestralidade, durante o painel “Afrofuturismo: artes, estéticas e novas narrativas”. Escritora e colunista do O Globo, Morena Mariah pontuou que hoje há uma oportunidade de “recuperar essa identidade explorando e ampliando espaços, como as cadeiras na universidade e o fazer artístico”, ao ressaltar que olhar de forma carinhosa para o legado africano é o que vai fortalecer os movimentos cultural, de inovação político e crítico.  “Dentro de algumas décadas, grande parte das cidades estará no contente africano e uma em cada três pessoas será de lá e é preciso caminhar em direção de um futuro onde caibam todas as pessoas”. 

Para a influenciadora Ashley Malia, moderadora do painel, praticar a visão de mundo a partir de um ponto de vista afrocentrado foi um importante exercício de autoconhecimento que a levou a pensar diferente da forma com a qual ela foi programada para pensar. Já Mwana Afrika lembrou a escassez de história verídicas sobre a contribuição da África, o que levou a contar essas histórias no jornalismo. “Busco mostrar a África fora dos estereótipos, como um tesouro que temos que descobrir”, emendou. 

Promovido pela a Vale do Dendê, centro de inovação para as periferias de Salvado, com o apoio da Qintess, fornecedora de soluções de tecnologia reconhecida como uma das 100 empresas mais inovadoras do País, o Afrofuturismo aconteceu totalmente on-line. Durante a abertura do evento, o ganês Nana Baffour, Chairman e CEO da Qintess, contou como têm sido sua experiência como um dos mais importantes executivos de tecnologia do País. “Como africano, sei o quanto nossa cultura tem contribuído para o mundo e, como residente no Brasil, quero contribuir para um ecossistema tecnológico mais inclusivo”, assegurou. 

Já Paulo Rogério Nunes, CEO da Vale do Dendê, acrescentou que é preciso observar a criatividade sobre uma nova lente, das mulheres e dos jovens das periferias, onde há muita capacidade criadora acontecendo. “É importante manter essa relação com esses países africanos e fazer essa conexão como um ecossistemas de startups africanas e afrodescendentes”. Juntas, a Vale do Dendê e a Qintess estão apostando na capacitação de jovens de periferias. Para acessar e assistir a todos os painéis, basta entra em:  https://afrofuturismo.com.br/festival/vem-ai-a-terceira-edicao-do-festival-afrofuturismo/

Sobre a Vale do Dendê

 

A Vale do Dendê é uma organização social criada para fomentar ecossistemas de inovação e diversidade tendo como foco principal a cidade de Salvador, Bahia. A iniciativa teve início em novembro de 2016 com um workshop que reuniu representantes de diversas empresas e instituições da cidade. Em 2017, foi realizada a primeira edição da Ocupação Afro. Futurista e lançada a Aceleradora Vale do Dendê em 2018 iniciou um programa de aceleração que já apoiou 90 empresas diretamente. Além disso, a organização mantém um hub físico na Estação Nova Lapa onde passam 500 mil pessoas por dia.

 

O espaço oferece cursos, workshops e atividades de fomento à cultura empreendedora. A iniciativa foi criada pelo publicitário Paulo Rogério Nunes, o doutor em Administração Helio Santos, o jornalista Rosenildo Ferreira e a relações públicas Itala Herta. A organização já foi destaque em publicações nacionais e internacionais por conta do seu trabalho inovador em levar o tema do empreendedorismo e tecnologia para o público das periferias. Dentre as empresas que passaram pelo programa da Vale do Dendê estão cases como AfroSaúde, TrazFavela, Interakt, EcoCiclo e Aoca Game Lab. Saiba mais: www.valedodende.org

 

Sobre a Qintess

 

A Qintess combinou as expertises de estratégia, inovação, design e tecnologia para se tornar líder em transformação digital, desenvolvendo capacidades digitais, design inovador e capacitação de TI para suportar os clientes na jornada em direção a um crescimento sustentável do negócio. Com uma obsessão por inovação e agilidade na tomada de decisão, nossas pessoas aceleram a entrega de soluções para diversos desafios de negócio, gerando valor para nosso ecossistema de clientes e parceiros. Todas as nossas ações estão alinhadas com as melhores práticas de ESG, com uma genuína preocupação com as nossas pessoas e com as comunidades onde operamos.   

A Qintess possui aproximadamente 3.200 funcionários e mais de 2.000 clientes, com operações no Brasil, Chile, Colômbia, Estados Unidos e EMEA. Entre seus principais clientes estão sete das dez principais instituições financeiras do mundo, oito das dez maiores empresas de serviços públicos do Brasil e duas das três maiores empresas de telecomunicações do país. Para saber mais, acesse: www.qintess.com 

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